São fofos, vegan, sem açúcar refinado e absolutamente deliciosos. Conto-vos ainda um pouco da minha última viagem aos Açores e a história do meu cavalo, o Ondulado.
Dos Açores só conhecia S.Miguel, mas como adorei o Pedro fez-me uma surpresa e fomos passar os meus anos ao Faial. De entre tantas ilhas pode não parecer a escolha mais comum, mas teve um motivo especial: para além da sua beleza natural, foi para onde veio o meu cavalo há uns anos atrás.
Durante quase 20 anos pratiquei equitação e em 5 desses tive um cavalo, o meu Ondulado. Foi-me oferecido pelo meu Pai, um pouco a contragosto, porque na realidade queria oferecer-me um carro. Acabou por ceder à minha insistência e realizou este sonho que tinha desde criança. Durante todo o meu tempo de faculdade trabalhei para pagar as despesas do cavalo, nunca vi um tostão do meu ordenado. Participei em provas, fiz viagens, dei aulas, a equitação foi nesses anos o meu mundo. Mas quando iniciamos uma vida profissional que nada tem a ver com cavalos, fica muito difícil darmos continuidade… A falta de tempo e de dinheiro levaram-me a tomar uma das decisões mais difíceis da minha vida: vender o Ondulado. Chorei horrores e o meu coração despedaçou-se quando o coloquei no barco que seguia para o Faial. Durante anos não consegui pensar nele sem chorar, apesar de ir mantendo contacto com os novos donos.
Hoje, passados quase 15 anos, tive a oportunidade de o rever na sua nova casa com o Vitor Rosa, que tanto o estimou ao longo dos anos. Trocámos histórias, contámos aventuras e fiquei maravilhada com esta família que é hoje a família do Ondulado. Boas pessoas, genuínas, calorosas, generosas, nascidas e criadas à semelhança deste paraíso.
O Faial encantou-me por isso também, as pessoas. Todos parecem ter uma existência feliz, tranquila e satisfeita com o que a vida traz. Não há lugares chiques ou pretensiosos, tudo é simples mas cuidado com orgulho, as ruas limpas, os edifícios recuperados na sua maioria. Vive-se o mar e o campo com a mesma intensidade e apesar de ser uma ilha pequena, nunca nos sentimos sem espaço.
Deixo-vos abaixo algumas fotos desta ilha maravilhosa e prometo contar-vos mais nos próximos posts. Espero que gostem também da receita, foi pensada especialmente para celebrar o início da primavera! Não se esqueçam de a partilhar com os amigos e família e se os fizerem enviem-me umas fotos para eu colocar no álbum das recriações no Facebook 😉
Muffins de mirtilos
- Tempo de Preparação5 min
- Tempo de Cozedura15 min
- Tempo Total20 min
- Quantidade6 a 8 muffins
- Categoria
- Adequado para dieta
- Sem Frutos Secos
- Sem Açúcar Refinado
- Sem Lactose
- Vegan
- Vegetariano
Ingredientes
Ingredientes
- 220g farinha de espelta branca (ou trigo)
- 1 c. chá bicarbonato de sódio
- 1 c. café canela (opcional)
- pitada de sal marinho
- 150g açúcar coco
- 240ml leite vegetal
- 80g azeite
- 1 c. sopa vinagre de sidra
- 1/2 cup mirtilos frescos
Preparação
1
Pré-aqueça o forno a 180° e disponha as formas dos muffins num tabuleiro (usei formas de papel mas pode usar uma forma de metal se preferir*).
2
Peneire todos os ingredientes secos para uma taça grande e mexa-os. Reserve.
3
De seguida junte todos os ingredientes húmidos numa tigela e mexa. Adicione-os aos secos e incorpore com espátula, tentando não mexer demasiado, só até as farinhas estarem bem incorporadas. Junte por último os mirtilos frescos na mistura e envolva.
4
Encha 2/3 das formas de muffins e leve ao forno por 15-20min. ou até o palito sair limpo. Retire-os e deixe arrefecer pelo menos uns 15-20 min. Sirva
Nota: use de preferência ingredientes biológicos.
*Neste caso não se esqueça de a untar com um pouco de azeite ou outro que prefira.